Somente uma parcela ínfima dos brasileiros com deficiência estão no mercado de trabalho - Meu nome é Johni

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Somente uma parcela ínfima  dos brasileiros com deficiência estão no mercado de trabalho

Somente uma parcela ínfima dos brasileiros com deficiência estão no mercado de trabalho

Segundo Pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase 24% de toda a população ou 45 milhões de pessoas tem algum tipo de deficiência.  Dados do Ministério do Trabalho indicam que 400 mil deficientes exercem alguma atividade profissional no Brasil. As empresas não respeitam a Legislação e muitas preferem pagar multas, ao invés de promover inclusão.

Uma situação que está mudando

Diones Gonçalves da Silva, com 29 anos é trabalhador de um hospital, na função de auxiliar de hotelaria. Portador de deficiência intelectual, com dificuldade de aprendizagem para ler e escrever, explica que as pessoas não o tratam muito bem. Com o passar dos anos, vem melhorando essa consciência das pessoas, de ter um tratamento para com ele de respeito e apoio.

O mercado de trabalho e a inclusão de pessoas com deficiência

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado formal, ainda é pequena, é correspondente a apenas menos de 1%, em números são 403.255 que se encontram empregados, entre as 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. E Isso vem crescendo.

A capacidade dessas pessoas

Segundo Adriana Lotti, que é a coordenadora do Setor de Inserção no Mercado de Trabalho da APAE, do Distrito Federal, ela ainda explica que essas pessoas com deficiência estão cada vez mais mostrando sua capacidade e que são poucos os empregadores que dão oportunidade de trabalho para eles.

O que diz a Lei

Poucos são os empregadores que dão oportunidades visando à função social. É mais para se respeitar as cotas. Essa Lei de Cotas, Lei 8.213 de 1991, serve para empresas com 100 e 200 empregados, onde 2% dessas vagas devem ser destinados exclusivamente para beneficiários reabilitados e com deficiência, chega ao máximo a 5%, nos casos de empresas com mais de 1.001 funcionários.

A Lei nº 13.146 de 2005, que é a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também pode ajudar muito a essas pessoas, só que em longo prazo. Segundo Adriana, muitas das vezes as pessoas tem medo em não saber lidar com pessoas com algum tipo de deficiência.

O cumprimento da Lei

A secretária de Inspeção do Ministério do Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen, explica que se todos cumprissem a Lei, esse número de deficientes empregados seria maior. São os auditores fiscais quem realizam as fiscalizações.

Muitas das empresas preferem pagar multa a contratarem as pessoas com deficiência. Ela enfatiza ainda que, não quer o modelo de assistencialismo e sim o de inclusão ao mercado de trabalho dessas pessoas.

A família nesse processo

A Procuradora do Trabalho Maria Gurgel, ressalta que a família é muito importante para o desenvolvimento profissional de uma pessoa com deficiência e que deve acreditar neles e após a inserção no mercado será a família quem irá observar e relatar alguma dificuldade, no cumprimento de obrigações como o uniforme e horário, por exemplo.

Para que se promovam ações de inclusão social e de combate ao preconceito e á discriminação contra as pessoas com deficiência. A Federação Nacional das APAES (FENAPAES) promove a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, de 21 a 28 de agosto. Iniciativas como estas servem para  para que governos e comunidades possam se sensibilizar quanto à inclusão  dessas pessoas no  mercado de trabalho e para que se integrem na sociedade.

Comunidade Johni Raoni

10/02/2018 | Autor: Comunidade Johni Raoni

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