Novo suposto caso de agressão racista em Lisboa - Meu nome é Johni

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Novo suposto caso de agressão racista em Lisboa

Novo suposto caso de agressão racista em Lisboa

A capital de Portugal é um dos espaços em que se acha melhor gastronomia e muitas opções de diversão. No entanto, não é essa a única imagem que Lisboa tem transmitido tanto para os portugueses quanto para os turistas: são diversos os relatos de situações racistas, especialmente envolvendo boates, como a Urban Beach.

O novo suposto caso que a mídia portuguesa tem apresentado ocorreu com Rubens, que é um rapaz francês que estava com alguns amigos em uma noite de agosto de 2017. Eles decidiram visitar essa boate, mas os seguranças não permitiram a entrada do grupo no qual ele estava e que tinha mais 4 pessoas.

Quando eles chegaram à Urban Beach, os seguranças desse local disseram que seria impossível que eles entrassem porque o que acontecia era uma festa particular. Além disso, eles teriam requisitado 250 euros para que Rubens e o seu grupo pudesse participar. Uma vez que o grupo não desejava gastar isso, eles decidiram que não entrariam nessa festa.

Apesar de a história ter podido encerrar-se ali, não foi o que ocorreu. De acordo com o que o jovem francês e seus amigos relatam, os seguranças dessa boate bateram neles e com muita violência. Duas meninas, que também estavam nesse grupo, teriam sido arrastadas e machucadas. Além disso, haveria um individuo com asma no grupo e, devido à agressão e a sua própria condição crônica, teria ficado paralisado.

De acordo com Rubens, a razão para que fossem pedidos os 250 euros e, depois, para a agressão é que ele e mais outros integrantes eram negros. Apesar da situação, Rubens preferiu que não fosse prestada nenhuma queixa.

A Urban Beach já teve outras acusações desse mesmo teor. Aliás, é o pedido de 250 euros que faz com que essas duas acusações estejam relacionadas e confirma o que Rubens conta.  Outra pessoa também relatou que os seus amigos estavam em dois grupos e que, no segundo, existia uma pessoa negra.

Segundo esse segundo denunciante, quando o amigo negro chegou, os seguranças da Urban Beach disseram que seria preciso dar essa quantia em euros, coisa igual ao que ocorreu com Rubens e com seu grupo.

Esses dois foram só alguns dos casos nos quais essa boate é acusada. Apesar de nenhuma das pessoas, nesses dois eventos, ter ido ficado internada, existe uma ocorrência na qual um frequentador de 20 anos precisou ficar no hospital.

Além da recorrência das agressões racistas, existe ainda a impunidade. No dia em  que os seguranças o agrediram, Rubens diz que quem contatou a polícia foram duas mulheres que presenciaram tudo, mas que a denúncia seria inútil porque a maioria das pessoas que já teve ocorrências assim com a Urban Beach não conseguiu apuração.

Menciona-se que o Alto Comissariado para as Migrações está consciente de que essas denúncias sobre racismo estão ocorrendo e que confirma que tudo isso corresponde à ação ilícita.

Nós da comunidade Johni Raoni não aceitamos atitudes como estas que, continuam acontecendo devido à falta de apuração dos incidentes. Seja por falta de denúncia por parte dos discriminados e/ ou, seja pelo descaso das autoridades. Pelo visto, o problema se configura mesmo diante dos holofotes.  

Comunidade Johni Raoni

20/09/2017 | Fonte: Publico.pt | Autor: Comunidade Johni Raoni

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