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Neonazistas portugueses criam confusão contra manifestantes em praça do centro histórico

Neonazistas portugueses criam confusão contra manifestantes em praça do centro histórico

A tarefa era simples: um grupo chamado Descolonizando se mobilizou para uma manifestação em Lisboa. O objetivo era demonstrar sua ação de repúdio contra a estátua recentemente erguida do padre Antônio Vieira, localizada no Largo Trindade Coelho. A ideia a princípio proposta pelo grupo de manifestantes era de colocar flores ao pé da estátua, encerrando com uma performance poética.

A manifestação pacífica no local foi interrompida por um grupo de neonazistas da extrema direita. Segundo Mamadou Ba, organizador da manifestação e dirigente da associação SOS Racismo, os participantes se depararam com indivíduos  que fazem alusão aos hammerskins (grupo violento da extrema direita) ao chegarem no local combinado.

Além desses indivíduos  há relatos de que o grupo neonazistas deixou também uma fita próximo à estátua com a frase “Portugueses Primeiro”, entre símbolos da cruz de malta. “Na tal democracia, estamos no momento cercados por neonazis”, foi a declaração de Mamadou Ba em um dos seus posts na rede social Facebook.

O protesto foi pensado para acontecer no Largo Trindade Coelho por conta da estátua do padre Antônio Vieira, fazer alusão à colonização portuguesa sobre milhões de africanos que eram retirados de suas famílias em transatlânticos, segundo o ponto de vista dos manifestantes. O mesmo aconteceu com a população indígena. Em uma declaração dada pelo próprio Mamadou Ba no dia da manifestação, o movimento de evangelização conduzida pelos padres jesuítas dizimou ameríndios. Porém, é preciso ter o discernimento para não sairmos apontando o Pe. Vieira como o dizimador dos explorados. Existem relatos históricos de que também foi perseguido por tentar defender  índios e judeus, inclusive em seus sermões costuma defender os mais fracos e pregar coerência entre discurso e prática.  

Na descrição do evento organizado pelo grupo Descolonizando, intitulado “Descolonizando Padre Antônio Vieira”, o organizador pedia para que os manifestantes levaram velas, cartazes com palavras de ordem e flores. Em uma espécie de uma homenagem em luto pelos povos ameríndios que segundo Mamadou Ba, sofreram etnocídio da parte dos jesuítas.

O ideal do grupo dos Descolonizados, segundo a própria página no Facebook, seria lutar pela  eliminação de quaisquer tipos de desigualdades, sejam elas raciais ou sociais. A questão é que, como Antônio Vieira era jesuíta, costumam culpá-lo pelos erros cometidos pela Companhia de Jesus. A questão é associar a imagem do padre aos neonazistas, nos parece muito complicado. Porém,, se o ditado popular que afirma: “ onde tem fumaça tem fogo” tiver como ser levado a sério, convém averiguar estas afirmações. Mas uma coisa é certa, precisamos ter cautela para não sairmos associando a imagem de todos (as) com movimentos extremistas.

Comunidade Johni Raoni

24/10/2017 | Autor: Comunidade Johni Raoni

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