Motivação e desafio para pessoas com necessidades especiais - Meu nome é Johni

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Motivação e desafio para pessoas  com necessidades especiais

Motivação e desafio para pessoas com necessidades especiais

No Brasil, mais de 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência nesse ano de 2018, o que faz com que essa seja uma fatia de 24% da população do país. Entretanto, quando se fala de mercado de trabalho, esse número reduz drasticamente, e apenas 0,9% dessas pessoas possuem carteira de trabalho assinada. Uma notícia excelente é que esse número está mudando, e há um crescimento dessas pessoas nas empresas, graças a uma nova política de contratação das empresas.

De acordo com os dados lançados pelo Ministério do Trabalho, em 2017, cerca de 418.500 pessoas com deficiências estavam empregadas no país, aumentando o índice em relação ao ano de 2016, em 3,8%. Ano após ano esse número vem crescendo, mas ainda é muito difícil para a pessoa que tem deficiência conseguir um trabalho.

Para a superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Teresa Costa d’Amaral, as empresas contratam as pessoas com deficiência baseadas em questões pessoais, pois têm contatos com pessoas deficientes ou por causa da obrigação legal. A legislação brasileira diz que as empresas devem preencher o seu quadro de funcionários com cerca de 5% de vagas para pessoas portadoras de necessidades especiais.

De um modo geral, para Teresa, há muito preconceito na sociedade e também nas empresas. “Muitas vezes as empresas não enxergam essas pessoas como profissionais qualificados”, relata. Ela ouve bastante dos empresários que faltam no mercado pessoas com deficiências qualificadas, mas argumenta que no banco de dados do IBDD, apenas 1/3 de todos cadastrados possuem ensino superior completo.

Cidadania para todos

Ter uma qualificação é um desafio para as pessoas com deficiência.  A locomoção, os professores, as acessibilidades nas instituições de ensino e os estímulos do governo são grandes barreiras para conseguirem chegar até o currículo.

Só que, para conseguirem trabalhar, é vital que tenham qualificação. Além de garantir uma fonte de renda, a inclusão no mercado de trabalho se torna uma questão de cidadania para as pessoas deficientes. “Para a cidadania, é muito importante ter um emprego. E a dificuldade do deficiente acaba tirando dele a sua cidadania”, diz Teresa.

Igualdade para todos

Um grande exemplo de inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é o Marco Aurélio de Barros Santos, de 39 anos. Ele é paraplégico há 20 anos devido a um acidente de carro, ele trabalha como agente em gestão de pessoas no setor de Recursos Humanos da CCR AutoBan. Quando sofreu o acidente, ele poderia se aposentar, mas não quis. “Eu disse: pode me dar uma alta que eu vou voltar a trabalhar”, lembra.

Para ele, o mercado de trabalho para as pessoas com deficiência melhor muito, mesmo com as dificuldades. Sendo sua responsabilidade contratar as pessoas para a empresa, Santos afirma que o processo de admissão é como a de qualquer outra pessoa. “A gente faz os processos mistos, para não haver diferenciação. O deficiente participa como outro qualquer, sem ter a intenção de avaliar a sua deficiência. A gente avalia a questão profissional”, explica. Após serem contratos, os funcionários passam por um treinamento como qualquer outro funcionário, para que comecem a desempenhar as suas atividades.

Acreditamos que pessoas com alguma deficiência, muitas vezes, têm condições de trabalhar e ou de continuar trabalhando, dependendo do tipo de deficiência.  Agora tratá-los (as) como incapazes, seria o mesmo que condená-los (as) ao fracasso e/ ou retirar dessas pessoas a possibilidade de (re)começarem todos os dias.

Comunidade Johni Raoni   

Data da Publicação: 05/05/2018 | Fonte: Globo 
05/05/2018 | Fonte: Globo | Autor: Comunidade Johni Raoni

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