
Casal gay culpa a sua situação de desemprego à denúncia de demissão por preconceito.
O casal gay Daniemerson Brito da Silva, de 26 anos, e Geferon Ribeiro de Souza, de 27, afirmam que estão desempregados e não conseguem um novo trabalho, na cidade de Goiânia, em Goiás, por preconceito.
Venda dos presentes
Por conta de estarem sem emprego, o que gerou uma situação financeira complicada, o casal conta que chegaram a vender seus objetos, tais como móveis, celulares e até os presentes de casamento, para deixarem em dia as suas contas pessoais. Outro item que deve entrar na lista são as alianças, caso a situação não melhorem. Os jovens culpam essa fase que estão vivendo a exposição que fizeram sobre o preconceito que sofreram, em seu último emprego.
Represália
Eles relatam que ficaram muito conhecidos e chegaram até a realizar entrevista de emprego, mas, na ocasião, a empresa os reconheceram. Este é um dos motivos que acreditam que estão sofrendo preconceito, por terem mostrado a realidade do que estava vivendo.
Oficializando a união
No último emprego, na WB Componentes, eles exerciam o cargo de auxiliar de estoque e receberam a notícia dá demissão, no dia 10 de novembro de 2016, alguns dias depois de oficializarem a união. Na ocasião, ao questionarem sobre o motivo da dispensa a empresa negou que tivesse ligação a orientação sexual do casal.
Buscando novas oportunidades
Desde o ano passado, os jovens buscam uma nova oportunidade. O casal relata que sai todos os dias bem cedo e só retornam praticamente a noite, procurando uma recolocação no mercado. Cada um deles já entregou mais de 50 currículos e também conseguiram algumas entrevistas, mas em vão, já que até o momento não foram chamados de volta em nenhuma empresa, seja para continuar o processo seletivo ou até mesmo para iniciarem em um novo emprego.
Portas fechadas
Eles sabem que a crise financeira pela qual o País está passando, assola milhares de lares brasileiros, mas acreditam que este não é o caso das empresas em que estão se candidatando, já que elas continuam realizando a contratação de novos funcionários, além de acreditarem que se encaixam no perfil divulgado pelas companhias. A vaga que eles procuram pode ser desde em supermercados até em indústrias. Eles afirmam que não se importam em limpar o chão, trabalharem como auxiliar de serviços gerais ou administrativo, pois o que importa para eles é trabalhar.
Corte de gastos
Da lista mensal de gastos do casal, alguns já foram cortados, tais como “comer na rua”, viagens e até mesmo internet, mas ainda continuam tendo um custo mensal de despesas de cerca de R$ 1 mil.
Justiça
Os jovens entraram na Justiça com uma ação de reparação pelos danos morais que acreditam que sofreram, pois contam que na sua rotina faziam parte a humilhação e o constrangimento. Na audiência que aconteceu em fevereiro, a empresa em que trabalhavam não aceitou fazer um acordo. A WB Componentes também entrou com um processo contra o casal, alegando danos morais e perdas e danos, relatando que ficou conhecida como homofóbica, que suas vendas despencaram e pedem reembolso.
Comunidade Johni Raoni