
Ameaças impedem que escritor esteja presencialmente em feira literária
Anderson França, que é conhecido como Dinho e tem muito destaque nas redes sociais, não pode participar presencialmente da FLIP, que ocorreu no dia 28. A razão para essa ausência foram as ameaças de morte que ele diz ter sofrido por conta de posts seus no Facebook nos quais denunciava Ricardo Wagner. De acordo com Anderson França, seria Wagner o responsável por alguns discursos racistas que foram vistos há pouco tempo nas redes sociais.
O que nos parece preocupante é o comportamento dessas pessoas em adotar posturas de ameaças contra aqueles que se atrevem em denunciá-los. Isto nos faz perguntar que país é este em que as pessoas não sabem lidar com a autocrítica. Muitas vezes temos que assumir posturas mais ousadas e ter a coragem de tornar público ideias homofóbicas, racistas e misógenas, como fez o escritor Dinho.
Tendo mais de 100.000 seguidores em seu perfil, as falas de Dinho têm muita repercussão e, por isso, ser acusado da autoria dos discursos racistas teria enfurecido Wagner. Apesar de tudo isso, o escritor conseguiu falar com os que estavam na FLIP por meio de uma videoconferência.
Em tempo: é válido dizer que Anderson tem uma atuação forte no combate às posturas homofóbicas e também misóginas, além do racismo. As suas obras costumam ser voltadas para a Rocinha e para os diferentes tipos de conflitos sociais que se encontram nessa comunidade.
Outro assunto que se discute regularmente nos seus textos é o discurso de ódio, que atinge desde as pessoas anônimas até as celebridades. Essa foi uma das pautas que Anderson abordou, estando também na mesa da FLIP o Cássio Aguiar, que supervisiona a publicação colaborativa Medium.
Comunidade Johni Raoni