Virada Cultural de São Paulo deste ano reverbera uma nota só: ‘Fora, Temer’ - Meu nome é Johni

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Virada Cultural de São Paulo deste ano reverbera uma nota só: ‘Fora, Temer’

Virada Cultural de São Paulo deste ano reverbera uma nota só: ‘Fora, Temer’

DE SÃO PAULO – 22/05/2016  21h40

DIANTE de caranguejos gigantes num telão, símbolo do manguebeat, e cantando para uma praça Júlio Prestes abarrotada, a Nação Zumbi começou sem atrasos o show de encerramento desta Virada Cultural de uma nota só: “Fora, Temer”.

Foi este o cântico entoado por artistas e público, cantores e famílias, no centro e na periferia, das 18h de sábado (21) às 19h de domingo (22), na 12ª edição do evento paulistano. A Folha entrou em contato com a equipe do presidente interino, mas Michel Temer não comentou as manifestações.

Ao cantar os primeiros versos de “Bossa Nostra”, o vocalista da Nação Zumbi, Jorge du Peixe, levantou um retrato do presidente interino com uma tarja dizendo “a cara do golpe”. Ao lado, integrantes da banda ostentavam cartazes dizendo “Temer jamais”. Ao fim, o coro “fora, Temer”, puxado por Jorge du Peixe, fechou o evento no momento em que a garoa engrossava.

(…)

Diponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/

Quando as aparências enganam.

Diante da manchete anteriormente estampada, somos convidados a refletir sobre as vozes que representam S. Paulo e o restante do país. Geralmente, o que prevalece é a visão errônea de que a terra da garoa (há quem diga que isto é coisa do passado) serve de cenário para atitudes conservadoras e elitizantes. Só quem conhece a cidade é capaz de afirmar que o perfil não é este. Mas o de um coro de vozes que brada por mudanças e que não se contenta com pouco. Na Virada Cultural, evento anual gratuito, pode-se observar o tom de descontentamento do público e dos artistas com as medidas do governo provisório. A banda pernambucana Nação Zumbi é prova viva da representatividade da voz do nordeste e o quanto ela ainda é ouvida, apesar dos ataques que a região sofre por pessoas desinformadas. Um governo que age de forma autoritária ao extirpar um ministério da cultura e só volta atrás por pressão da classe artística e popular, somente é capaz de gerar incertezas que, inclusive, eventos como este continuem a existir. Mal assumiu e o governo provisório já demonstra sinais de arrogância ao tomar atitudes impositivas.  Pelo visto a parcela da população que foi às ruas bradar pelo impedimento da presidente e a outra parcela que bradou pela sua continuidade terão que se unir numa só voz para exigir o respeito aos direitos conquistados e pela persistência na luta pela democracia. Caso contrário vamos assistir a um retrocesso em todas as áreas. Principalmente, naquelas escolhidas como fundamentais na conquista dos direitos conquistados: a cultura e a educação.  (Por Patricia)

30/05/2016 | Autor: Comunidade Johni Raoni

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