Aumento do movimento de grupos neonazistas é enxergado pela polícia na cidade de São Paulo. - Meu nome é Johni

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Aumento do movimento de grupos neonazistas é enxergado pela polícia na cidade de São Paulo.

Aumento do movimento de grupos neonazistas é enxergado pela polícia na cidade de São Paulo.

Nos últimos seis meses a Polícia da cidade de São Paulo tem percebido um aumento no movimento de grupos neonazistas. Segundo policiais e especialistas que foram ouvidos pela BBC Brasil, a causa está relacionada ao cenário atual político e econômico do País, o desemprego e o fortalecimento de partidos de extrema direita no exterior e conservadores. Neste artigo, hoje, você irá conhecer um pouco mais sobre a atuação destes grupos neonazistas no Brasil. Vamos lá?

Identificação pelas autoridades

Policiais do Decradi – Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância da Polícia Civil acreditam ter verificado uma movimentação acima da normalidade de grupos neonazistas, dos quais os participantes já haviam sido identificados por eles.

Em janeiro de 2017

No último janeiro a Polícia Civil cumpriu alguns mandados de buscas nas casas de integrantes de um grupo que se autodenomina Kombat Rac, suspeitos de colar cartazes antissemita e neonazista na cidade de São Paulo. Os outros dois grupos levam o nome de Impacto Hooligan e Front 88 e somados contam com mais de 110 participantes, com alguns já identificados pelos policiais.

Desde a década de 80 e 90

Os Carecas do Subúrbio e Carecas do ABC são grupos que ficaram conhecidos nos anos 80 e 90 e ainda permeiam até os dias de hoje como movimentos e contam com até 250 integrantes. Acredita-se que, atualmente, nem todos estão mais envolvidos em atividades consideradas violentas.

Promoção da violência

Grupos como Impacto Hooligan, Kombat Rac e Front 88 atuam na promoção de brigas. Tudo isso se traduz em ataques físicos a algumas minorias como os judeus, negros e homossexuais e enfrentamento a grupo rivais, chamados de antifascitas, que tentam se defender como podem.

Investigação

Neste caso investigado um rabino viu cartazes antissemita em lugares públicos. Depois disso, ele divulgou na rede social Facebook um vídeo retirando um cartaz do poste da via pública e desafiando a quem fez isso a aparecer. Em resposta, o grupo Kombat Rac preparou outro vídeo que, inicialmente, circulou em grupos fechados do WhatsApp, mas acabou viralizando e chegando à Polícia. De oito membros que estão no vídeo quatro foram identificados. Assim, quando os policiais realizaram a busca na residência destes integrantes encontraram material de propaganda e armas brancas, além de panfletos de teor nazista, DVDs, livros, além de adereços e roupas características da grupo.

Em suma, três participantes destes grupos neonazistas foram interrogados pela Polícia, mas liberados para responder em liberdade. Já o rabino, passou a receber ameaças. Pessoas suspeitas de pertencerem a este tipo de grupos podem ser indiciadas pelo crime de preconceito e até de associação criminosa.

Comunidade Johni Raoni

23/03/2017 | Autor: Comunidade Johni Raoni

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